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domingo, 9 de janeiro de 2011

Tempo - Num papel ofício


A porta da frente se fecha
E parece que para sempre
Parece que o tempo não deixa
De fechar e fechar as portas


Na esquina mais uma se tranca
Pela última vez a chave é virada
Este tempo não perdoa nada
É mais uma casa que é abandonada


Agora não é uma porta que fecha
É uma casa que desaparece
Não adianta nada a sua prece
É o tempo que não tem pena de você

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